Uma das indicadas da categoria “Pra Curtir”, Marcela Taís traz originalidade e inovação para a música evangélica nacional
Uma das características do Troféu Promessas é a oportunidade de
mostrar ao público novos talentos. Foi com esse objetivo que a premiação
criou para esta segunda edição, a categoria especial “Pra Curtir”. A inspiração para o nome veio da Rede Social Facebook. A ferramenta “curtir”, intrínseca a essa rede, permite que os usuários coloquem um sinal de positivo em comentários, status, vídeos e fotos.
Entre tantos talentos dessa categoria, destaque para a poesia e a
leveza do som de Marcela Taís. Considerada como um dos diferenciais dos
últimos anos no que se refere à música evangélica nacional.
O primeiro álbum da carreira de Marcela Taís, intitulado “Cabelo Solto”,
lançado de forma independente em dezembro de 2011, mostrou ao público
evangélico que existem várias formas de se falar do amor de Deus e da fé
cristã, sem perder a essência.
E falar de fé soa como algo bem definido na vida de Marcela. Nascida
em um lar cristão, seus pais a ensinaram desde cedo que a conversão a
Cristo era uma decisão pessoal. Foi assim que, em um culto de domingo,
aos seis anos de idade, sem que ninguém soubesse, Marcela levantou a
mão, respondendo ao apelo da conversão, iniciando assim sua caminhada
com o Maior poeta que ela já conheceu – Jesus.
Dizem por aí, que um poeta já nasce feito. Pode-se dizer que Marcela
já nasceu com a poesia na alma. Não é sem motivo que ela sempre diz: “Minhas poesias viraram música e meus sentimentos melodia.”
Essa tem sido a trajetória de Marcela Taís que, não por acaso,
formou-se em Letras. Uma vida norteada pelas palavras, poemas, versos e
canções.
Essa é Marcela Taís. Dona de uma assinatura vocal agradável, a
cantora, nascida na cidade de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, é uma
daquelas gratas surpresas que surge no cenário da música evangélica
nacional. Uma mistura de talento, sonoridade diferenciada e letras que
passeiam em imagens poéticas. Essas características fizeram com que
Marcela alcançasse o gosto do público.
Nesta entrevista exclusiva, o leitor descobre episódios interessantes
que marcaram a vida desta sul-mato-grossense, como o fato de na
Terceira Série do Ensino Fundamental ter levado um zero na prova de
redação… A cantora ainda fala do maior legado herdado dos pais, da
simplicidade da vida e, especialmente, da sua indicação ao Troféu
Promessas 2012.
Troféu Promessas: Como você avalia a sua indicação ao Troféu Promessas?
Marcela Taís: Um presente. São acontecimentos
especiais assim que batem nas suas costas e em seu coração dizendo:
valeu o capricho, valeu o trabalho, valeu o carinho e valeu até aqueles
choros bobos. Significa: obrigada!
Troféu Promessas: Qual o significado de uma premiação como esta para a música evangélica nacional?
Marcela Taís: O meio evangélico é bastante
movimentado na área musical, é vivo, é crescente e produtivo. Uma
premiação neste nível ressalta sua importância, reconhece seu tamanho,
visibilidade e espaço. Nossa música alcançou tal posição porque além de
vender bem ao olhar do mercado, faz bem às pessoas, se não fosse assim,
nossa música não teria tal resposta. O Troféu Promessas é uma
confirmação da nossa responsabilidade em fazer o melhor possível pela
arte e por quem a consome, é um incentivo ao aperfeiçoamento de artistas
que, na maioria deles, cantam com ideal, fé e muito amor pelo o que
faz.
Troféu Promessas:
No que se refere à sua carreira, o fato de ser formada em Letras agrega
valor para suas composições ou a poesia das suas músicas é puramente
inspirada?
Marcela Taís: Metade das minhas canções foi escrita
quando ainda eu não era formada, algumas delas quando adolescente. Um
bom exemplo disso é a música “Não tenho o dom”. Acredito que me
formar nessa área ajudou muito, me fez organizar melhor os pensamentos,
mas os sentimentos contidos são o segredo. A essência supera a técnica.
Troféu Promessas: Quando você percebeu que a poesia começou a fazer parte de sua vida?
Marcela Taís: Na Terceira Série do Ensino
Fundamental, quando a professora me deu zero na prova de redação porque
não acreditou que o texto sobre a “Nuvem Teimosa” era de minha autoria… (risos).
Troféu Promessas:
Você vem de uma família de músicos. Seu pai toca violão e sua mãe
também é cantora. Fale desse legado musical herdado dos seus pais.
Marcela Taís: É um legado humilde. Meus pais não
eram profissionais, mas faziam tudo com muito amor. Eles levavam música
para a igreja e para fora dela como, por exemplo, nas prisões. Meu pai
compôs muitas músicas, inclusive, suas serenatas conquistaram minha mãe…
Hoje, são pastores em uma comunidade carente e continuam fazendo tudo
com muito amor. Tenho orgulho deles. Deus e meus pais foram minha base
para tudo. Então, eu diria que o maior legado, maior que a música, foi
este: caráter e amor.
Troféu Promessas:
Você reúne talentos múltiplos: além de cantora, poetiza e compositora, é
formada em Letras e atua na área audiovisual. Prova disso, é você mesma
ter dirigido o seu clipe “Cabelo Solto”. O roteiro, a filmagem e a edição passaram pelas suas mãos. Como foi viver essa experiência?
Marcela Taís: Mesmo sem condições para realizar
algo, tento visualizar como desejo no resultado final. Daí, vou
seguindo, sonhando (orando) e trabalhando como se já existisse. Como não
tinha dinheiro, filmamos cenas simples, semelhante às que passaram na
minha cabeça quando escrevi a letra. Apostei na própria simplicidade
contida na música. O cenário principal foi o “cabelo solto” no carro com
a janela aberta e as outras na minha varanda e no local onde
originalmente foi feita: meu quarto. A experiência é enriquecedora, mas,
nada fácil, como eu era a maquiadora também, na correria, acabei
deixando passar a espinha e olheiras (risos), mas tá valendo, foi bem
natural, ‘né’?
Troféu Promessas: Na canção “Naquela Rua”,
faixa 8 do seu CD, você faz uma leitura poética da sua infância e, no
final, cria uma paráfrase com parte dos versos de uma cantiga de roda
chamada “Se essa rua fosse minha”. Fale um pouco sobre a produção dessa música e nos conte qual mensagem você quis passar.
Marcela Taís: Eu havia retornado de férias de uma
viagem com minha família, visitando parentes distantes onde no fim do
roteiro, fomos rever as ruas em que havíamos “nascido”, em Três Lagoas,
interior de Mato Grosso do Sul. Fiquei reparando meus pais emocionados
reencontrando os amigos de infância pela cidade e as conversas
nostálgicas sobre aquele tempo. Voltei com um nó na garganta e na
cabeça: Por que crescer significava perder? Meu CD estava praticamente
pronto, faltava apenas uma música. Ao todo, o processo de criação dele
durou quase três anos. A primeira música foi gravada em 2009 (“Não tenho o dom”) e esta, a última, no início de 2011. Cheguei no Jonathas Pingo, meu produtor e amigo (hoje também meu noivo) e disse: “Quero
uma música que lembre a despreocupação da infância e a alegria de
repartir a vida, tipo música de roda, sabe quando brincávamos na rua e
batia palma? Então, tipo assim.” Ele sorriu e disse: “Isso não existe, mas vamos fazer!”
Foi difícil nas primeiras horas entender a técnica certa para
expressá-la, mas, após várias conversas recordando a infância e um
sanduíche na esquina, esquecemos a dificuldade e ela nasceu de
madrugada. Pulávamos igual criança no estúdio!
Troféu Promessas: Ainda falando sobre “Naquela Rua”,
ela traz a figura da inocência da criança e da simplicidade da vida.
Hoje, o que se vê são meninas e meninas bem longe disso. Quero
desafiá-la, como poeta que é, a fazer um verso sobre o resgate dessa
inocência perdida hoje.
Marcela Taís: Se me pedissem uma música tentaria
conselhos em várias frases, mas, meninos e meninas, não se convencem
assim tão fáceis. Por isso, fica aqui meu ‘versim’ com um pedaço de mim feito com muito ‘carim’: Liberdade é aprender a dizer “não” mesmo quando todos dizem “sim”, isso é bonito de verdade. Eis aí a dica, fim!
Troféu Promessas: Existe um movimento de repercussão nacional chamado “Eu Escolhi Esperar”,
coordenado pelo casal Nelson Junior e Ângela que visa apoiar aqueles
que decidiram “esperar no Senhor” o tempo certo e a pessoa certa para um
relacionamento. Você compôs uma música intitulada “Escolhi te esperar”, que tem exatamente esse enfoque. O que você acha que o movimento e sua música têm em comum?
Marcela Taís: A Palavra de Deus se renova todos os
dias, ou seja, passa geração e geração e embora até façamos
interpretações diferentes, ela não muda! “Escolhi Te Esperar” é
um princípio (antigo no quesito data), porém, uma linda novidade
inspirada por Deus, lançada para quem quiser entender, para que saiba
como viver um amor de verdade aqui na terra entre homem e mulher, em sua
forma pura e real: o duradouro, ou seja, o casamento.
Troféu Promessas: “Escolhi te esperar”
é uma composição sua em parceria com seu noivo e produtor musical,
Jonathas Pingo. Como foi e tem sido para vocês vivenciarem a escolha de
esperar no Senhor?
Marcela Taís: Para nós dois tal atitude carrega
respeito, fidelidade, amizade de verdade, bênçãos, e claro, o amor em
sua forma mais pura. Afinal, nem é o corpo que nos une, mas o coração e a
decisão de ser para sempre. Se é fácil? Não, mas vale muito, muito à
pena. “Fez tudo perfeito ao seu tempo”, diz a Bíblia.
Troféu Promessas: Deixe uma mensagem final a todos os nossos leitores.
Marcela Taís: Agradeço de coração quem leu minhas
palavras e quem está “curtindo” nosso clipe. Sério, galera, vocês são
incríveis, obrigada! Que nós, músicos cristãos, tenhamos sempre
responsabilidade com esta arte, a música não deixa em momento algum de
ser arte, por isso é tão bela e variada em suas expressões. Que ao
fazê-la, seja com tal dedicação e amor, que ao entrar nos ouvidos, vá
tão profundo que chegue à alma. Que façamos o melhor sempre, cada um com
seu jeitinho pessoal e especial. Parabéns à equipe do Troféu Promessas.
Agradecemos a confiança, consideração e tamanha moral dada à nossa
música gospel.
Conheça mais sobre o trabalho de Marcela Taís:
www.marcelatais.com.br
@Marcela_Tais
@Marcela_Tais
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